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27 maio 2024

Jogos e brincadeiras na Educação Infantil para professores explorarem


Conheça jogos e brincadeiras para explorar - com intencionalidade pedagógica - na Educação Infantil.

Foto: Getty Images


Entenda o papel da intencionalidade pedagógica e amplie seu repertório de experiências com o brincar


Exemplos de jogos e brincadeiras para usar na Educação Infantil



Brincadeiras funcionais


As brincadeiras funcionais são o primeiro estágio do brincar. Elas envolvem o próprio corpo da criança e a produção de sons e estão presentes na vida desde o começo, especialmente até os 18 meses. “Os pequenos na creche, por exemplo, brincam ao estender e encolher os braços, balançar as pernas, fazer ruídos e mesmo com o choro, que é um tipo de brincadeira por ser um modo que permite à criança ver como o outro irá reagir e como essas ações interferem no mundo ao seu redor”, explica a diretora Djenane.

Esse tipo de brincar é espontâneo para as crianças, mas representa para os professores possibilidades de observação. “É possível notar, por exemplo, se elas usam o choro como brincadeira ou para chamar a atenção. Momentos como o banho e a troca podem ser oportunidades para observar como os pequenos reconhecem o próprio corpo. Os momentos de alimentação também podem ser interessantes para perceber como a criança manuseia o prato ou se relaciona com o outro”, complementa a autora da NOVA ESCOLA.

Faz de conta 


Brincar de faz de conta envolve níveis mais complexos do desenvolvimento das atividades cognitivas das crianças, afirma Djenane. “Essa brincadeira traz possibilidades infinitas de ampliação de interpretação do mundo, pois, no faz de conta, qualquer coisa é possível. A criança pode testar suas hipóteses e, inclusive, experimentar aquilo que não é factível no mundo real.”

Essas atividades representam também “possibilidades para as crianças criarem proposições, definirem papéis, situações e, também, construírem e trabalharem percepções que têm da sociedade, por exemplo, percepções de gênero”, complementa a educadora. 

Karina também destaca como as brincadeiras de faz de conta estão ligadas a funções simbólicas de representação de papéis. “São mil representações que as crianças fazem do mundo à sua volta, como brincar de ser mamãe, de estar em um escritório, de ser jardineiro, de ser astronauta etc.” 

Por isso é importante que professores organizem os ambientes escolares com materiais variados, para criar condições para essas brincadeiras acontecerem.

A especialista menciona que esse tipo de brincar costuma envolver elementos da vivência cotidiana da criança e de seu entorno. “Por exemplo, crianças urbanas brincam muito de carrinho, de estrada e de caminhão, mas crianças ribeirinhas brincam muito de barco”, conta.

Brinquedos ou objetos estruturados


Brinquedos estruturados são aqueles que possuem função definida enquanto objeto de brincar. Apesar de contribuírem para um ambiente escolar convidativo ao brincar e serem interessantes para o desenvolvimento infantil, Karina reforça que esses materiais não são essenciais para as brincadeiras. Isso ocorre principalmente porque as próprias crianças mostram que é possível brincar com outros tipos de objetos.

Brincadeiras com objetos não estruturados


Brincadeiras com materiais não estruturados acontecem quase que naturalmente e envolvem a capacidade da criança de dar sentido e significado a objetos. “É a caixa de papelão que vira fogão, que vira barco ou nave espacial, ou o galho de árvore que pode virar uma varinha mágica, uma espada ou um cavalinho de pau”, explica Karina. 

Assim, privilegiar esses materiais estimula o protagonismo das crianças. No ambiente escolar, é possível fazer isso com acessórios diversos, tecidos e outros materiais que estimulem a criatividade dos pequenos.

O professor Marcos Machado, por exemplo, levou uma grande caixa cheia de tampinhas de garrafa de plástico para sua turma da pré-escola brincar. Em vez de idealizar atividades – como agrupar as tampinhas por cores –, o educador, primeiramente, apenas convidou as crianças a brincar livremente. 

“Queria ver o que elas me traziam ao brincar com as tampinhas. Algumas as jogaram para cima, outras recolheram as tampas do chão; ou seja, foram inúmeras possibilidades. Eu, como professor, não preciso, necessariamente, direcionar a brincadeira, pois a própria criança pode me ensinar [a brincar]”, explica.

Isso não impede que outras sugestões possam ser feitas. “Em outro momento, posso sugerir para elas pegarem só as tampinhas azuis [para trabalhar cores]. Nem preciso ensinar qual é a tampa dessa cor: uma criança pode pegar a azul enquanto é observada por outra que está com uma tampa amarela. Essa segunda criança pode se questionar: 'Será que essa tampinha que está comigo é mesmo azul?'. Isso pode acontecer sem que eu precise dizer que a tampinha amarela é a errada”, exemplifica Marcos.

Cantigas de roda e parlendas


As cantigas e parlendas são brincadeiras que podem abranger tanto o faz de conta quanto atividades do campo da aquisição, que são aquelas que trabalham atenção, percepção e construção de vocabulário. “A brincadeira da dança das cadeiras, [aquela que] quando se canta uma música, as crianças rodam e as cadeiras são retiradas até sobrar só uma, é um tipo de atividade que trabalha aspectos de aquisição”, afirma Djenane.

Já as parlendas trabalham funções verbais, de articulação de memória e de numeração, o que é importante, por exemplo, para as crianças maiores.

A tradição cultural também é transmitida por meio dessas brincadeiras, de geração para geração. É o caso de cantigas como Ciranda cirandinha e Fui no Itororó e outras que estão presentes em diversas culturas, como a indígena e a afro-brasileira. “São várias as brincadeiras que misturam canções, danças e usos do corpo”, complementa Karina.

Brincadeiras de fabricação


Essas atividades envolvem manusear, combinar e transformar elementos. “Com as brincadeiras de fabricação, vamos trabalhar com as crianças funções do desenvolvimento cerebral como movimentos para juntar, combinar, modificar e transformar”, diz Djenane.

As possibilidades de experimentação podem ir desde criar coisas com blocos e misturinhas até a manipulação de elementos da natureza, como areia, água e terra.

Jogos com regras e brincadeiras sociais


Pega-pega, queimada/baleado e esconde-esconde são alguns exemplos de jogos que trabalham funções de sociabilidade, por exemplo. Essas brincadeiras são importantes, segundo Karina, porque mostram para a criança variados conceitos, como “respeitar o outro, esperar a minha vez, entender regras de convivência e dividir materiais”. 

Dentro desse grupo, estão ainda jogos como o dominó e jogos de tabuleiro e de trilha, que podem ser feitos pelas próprias crianças.

Fonte: Nova Escola

17 abril 2024

A borracha que apagou o sol

 A borracha morava num canto do estojo escolar, mas não se dava lá muito bem com os lápis, as canetas, o compasso, a régua e o apara lápis, por estar convencida que era mais importante e poderosa que todos eles juntos. " É que, dizia ela, basta um gesto meu para apagar as letras, os algarismos e os traços com que se fazem os desenhos."

E acrescentava num tom ameaçador: "É só eu querer!"
Os seus vizinhos de estojo, que já conheciam o seu feitio e as suas manias, não davam grande importância ao que ela dizia.
O que é certo é que a borracha, capaz de apagar lápis e tinta, criava mau ambiente, de tal maneira que à sua volta ninguém se sentia bem.
Martim, o dono do estojo, gostava muito de desenhar. Passava horas seguidas à frente do papel a fazer árvores, barcos, montanhas, rios e cidades, comboios e praças cheias de gente
Um dia, a borracha, acordando ainda mais mal disposta do que era costume, virou-se para os companheiros e anunciou:
- Hoje é que vocês vão ver do que eu sou capaz!
Ninguém respondeu, mas ficou tudo à espera de ver do que ela era capaz.
Saltitando sobre um desenho bonito que Martim tinha terminado e em que se via o mar, gaivotas e o sol, a borracha, com graves movimento circulares, não esteve com medidas: apagou o sol! A página ficou escura e triste e os seus companheiros muito aflitos.
A situação foi salva pelo lápis amarelo, que voltou a desenhar um sol, ainda maior e mais bonito. A borracha voltou para o seu canto, numa grande resmunguice, e ainda ouviu o compasso dizer:
-O que ela está é gasta!
José Jorge Letria, in. "Histórias do Sono e do Sonho". Ilustração de João Lemos.

Plano de aula: Jogos e brincadeiras do passado

 

Jogos e brincadeiras do passado

Plano de aula: Rodas de leitura

 

Plano de aula


Algumas sugestões de atividades de leitura


Como montar uma Roda de Leitura

 

Forme uma roda de leitura com seus alunos. Antes de iniciar a atividade cante uma música com a criançada. Uma outra canção deve fechar o final da atividade.

Faça o sorteio dos leitores — o número vai depender do tempo disponível para a atividade.

Peça aos alunos sorteados que escolham um livro para ler em voz alta. É importante deixar que eles façam a escolha deles, mas dá para sugerir que um livro é muito extenso para o momento, por exemplo.

Os gêneros também devem ficar a critério dos alunos.

Trabalhe com os alunos o texto que está sendo lido. Faça perguntas como sobre o que é essa história? O que o autor quis dizer nessa poesia? Isso ajuda a eles entenderem aquilo que leram e a interpretar a história.

Cobre dos alunos um cronograma da leitura. Nele deve conter o dia e o mês da leitura, quem foram os leitores, o gênero, e as observações do estudante sobre as histórias que foram contadas.

Tenha um dia fixo para a atividade que deve ser contínua e entrar para a rotina das crianças.

 

https://canaldoensino.com.br/

 

24 janeiro 2024

Quando ficarmos velhos!



"E quando ficarmos velhos e você me perguntar:
-- Como chegamos aqui juntos?
Eu vou te responder:
-- Porque em vez de gritar, falamos. Em vez de fugir, procuramos soluções. Porque tudo e nada era de nós dois, porque choramos e rimos juntos. Porque um dia nos prometemos estar no bem e no mal e, acima de tudo, porque o amor cresceu com o tempo na forma de um amor que nunca morre."
D/A