O Aedes aegypti – mosquito transmissor de doenças como a
dengue, a febre amarela, a febre chikungunya e o vírus Zika – é originário do
Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do
planeta desde o século 16. No Brasil, segundo pesquisadores, o vetor chegou
ainda no período colonial. “O mosquito veio nos navios com os escravos",
explica a pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Margareth
Capurro.
Porém, não demorou muito para o mosquito voltar e se espalhar
pelo extenso território brasileiro. Em meados dos anos de 1980, o Aedes aegypti
foi reintroduzido no país, por meio de espécies que vieram principalmente de
Cingapura. Hoje, conforme estudiosos, falar em erradicação é algo improvável.
“O fato de usarmos muitos inseticidas químicos fez com que sejam selecionados
os mosquitos mais resistentes. A resistência atual desses vetores é muito
grande. Justamente por isso, tende-se a diminuir ao máximo o uso de inseticida
químico”, esclarece Capurro.
Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti
(LIRAa) – que se baseia em dados dos meses de outubro e novembro de 2015 e
acumula informações de 1.792 cidades –, um total de 199 municípios brasileiros
estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e vírus Zika devido
à presença significativa do Aedes aegypti. A classificação, feita com base em
dados reunidos pelo Ministério da Saúde, leva em conta o fato de que em mais de
4% das casas visitadas nesses locais foram encontradas larvas do mosquito.
Publicado em 11/12/2015 - 12:14 Por Noelle Oliveira -
Repórter do Portal EBC* Brasília
Fonte:Agência Brasil
Bela e importante partilha, Valdete
ResponderExcluirBeijinhos
Obrigada Gracita!
ExcluirBeijos no seu coração.