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13 junho 2023

Um tostão para o Santo António


Andava um garoto a pedir um tostãozinho para o Santo António. Uns davam, outros não.
Até que passou por ele um senhor de sobretudo comprido, até aos pés, e de sandálias.
O garoto, cá de baixo, reparou no desconcerto, não deu importância. E vá de pedir:
Dê-me um tostãozinho para o Santo António…
O senhor do sobretudo castanho todo esfarrapado debruçou-se para o miúdo e, sorrindo, disse-lhe assim:
— Tanto andas tu a pedir como eu. Hoje ainda não me deram nada.
— A mim já — respondeu o garoto. — Quer ver?
E mostrou-lhe, na palma da mão, umas tantas moedas. O mendigo contou-as.
— Davam e sobravam para pagar uma sopa e um pão, ali, na taberna da esquina — observou o mendigo.
— Mas eu não tenho fome — preveniu o garoto. — A minha mãe deu-me de almoçar, ainda agora.
O senhor mendigo suspirou e disse:
— Pois a minha mãe já morreu. Deve ser por isso que ainda não comi nada, hoje…
O mocinho olhou para o homem, a certificar-se se seria verdade o que ele dizia. Os olhos tristes do mendigo garantiram-lhe que sim.
Foi a vez de o garoto suspirar:
— Este dinheiro era para eu comprar berlindes…
O homem de sandálias admirou-se:
— Mas tu, há bocadinho, não pedias para o Santo António?
O garoto riu-se:
— É um costume. Quero eu lá saber do Santo António! É tudo para os berlindes.
O mendigo não estranhou a revelação. Percebia-se, a conversa ia ficar por ali. Despediu-se:
— Ainda tenho hoje muito que andar. Adeus e boa colheita.
O rapazinho viu-o descer a ruela, num passo cansado. Então, num impulso, correu atrás dele e puxou pela ponta da corda, que o homem trazia à roda da cintura:
— Tome lá para um pão e para uma sopa. Mas não vá ali àquela casa da esquina, que são uns mal-encarados. Na outra rua abaixo, há mais onde comer.
O homem de sandálias e sobretudo roto, que lhe davam um ar de frade de antigamente, agradeceu as moedas e o conselho e seguiu caminho.
O garoto voltou ao seu poiso. E quando, pouco depois, porque estava frio, meteu as mãos nos bolsos, encontrou-os atulhados de berlindes…
António Torrado. O mercador de coisa nenhuma


 Fonte: Mala d'estórias

04 junho 2020

BRINCADEIRAS JUNINA PARA AS CRIANÇAS EM CASA.


Tradicionais em todo o Brasil, as brincadeiras de festa junina são cada vez menos conhecidas nos centros urbanos, embora sejam superdivertidas. Conheça algumas delas.

Corrida de três pés

Marca-se um local de partida e outro de chegada. Os participantes são reunidos em duplas. Com uma fita, o tornozelo direito de um é amarrado ao tornozelo esquerdo de seu par. Dado o sinal, as duplas participantes devem correr até a chegada. Vence a dupla que chegar primeiro.

Cadeia


Escolhe-se um local isolado ou cercado por cadeiras para ser a cadeia. Algumas pessoas tomam conta do local. Durante a festa, os convidados podem indicar quem deve ser preso. Aqueles que cuidam da brincadeira vão atrás do “fugitivo” e o deixam preso na cadeia. Para ser solto, deve-se cumprir algo combinado com antecedência: fazer uma dança, cantar uma música, demonstrar outra habilidade ou pagar um mico.

Jogo das argolas



Enchem-se com água garrafas plásticas de refrigerante, e marca-se uma linha de arremesso em torno de 1,5 metro de distância. Cada participante deverá receber argolas para as tentativas de acerto. Vence quem acertar o gargalo das garrafas com o maior número de argolas.

 Corrida do milho



Coloca-se uma bacia com grãos de milho atrás de uma linha. Atrás de outra linha, a uma boa distância, os participantes são reunidos aos pares. Uma pessoa segura uma colher e a outra um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia, enchem a colher com milho e voltam para a linha de largada, onde colocam o milho no copo que seu parceiro está segurando. Vence a dupla que encher primeiro o copinho com milho.
 Boca do palhaço


Prepara-se um grande painel retratando o rosto de um palhaço. A boca é um buraco e o jogo consiste em acertar bolinhas lá dentro. O jogador pode ter cinco tentativas e a bolinha pode ser feita de meia.


Correio elegante



É a entrega de mensagens durante a festa através de bilhetes. Uma pessoa é responsável por ser o carteiro e entregar os bilhetes, além de disponibilizar papel decorado e canetas. É uma boa oportunidade para impressionar alguém de quem se gosta ou para fazer uma brincadeira descontraída entre amigos.

 Cabo de guerra


Uma linha no chão divide o campo do jogo ao meio e os participantes são separados em dois times iguais. Cada grupo fica em fila num lado, segurando uma corda de uns cinco metros de comprimento. O meio da corda deve ficar em cima da linha traçada no chão, e, quando é dado o sinal, os participantes puxam a corda para o seu lado. Vence o grupo que conseguir fazer um participante do outro grupo pisar a linha traçada no chão.

 Corrida do saco



Consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida.

Corrida de carrinho de mão



Esta brincadeira é realizada em duplas. Quem está na frente apoia as mãos no chão e estica as pernas. O parceiro que fica atrás levanta as pernas do que está na frente, e fica entre elas, segurando na altura do joelho, como se a primeira pessoa fosse um carrinho de mão. Quando é dado o sinal, as duplas correm, um com os pés e o outro com as mãos. Ganha quem chegar primeiro no outro lado. Quem cair volta para a linha de largada.



 Pescaria



Numa grande caixa ou bacia com areia, colocam-se peixinhos de madeira ou papelão. O objetivo é pescá-los, usando uma varinha. É possível fazer um furinho nos peixes para que o anzol o fisgue ou usar ímãs.


04 junho 2018

Origem da Festa Junina




Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da Igreja Católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. Nessa região, as comemorações são bem acirradas – duram um mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, enormes fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, entre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

31 maio 2016

O balãozinho teimoso - Atividades junina



ERA UMA VEZ UM BALÃOZINHO VERMELHO. ELE ERA DE PAPEL FINO COMO TODOS OS BALÕEZINHOS DE SÃO JOÃO, MAS NÃO ERA COMO OS OUTROS BALÕEZINHOS QUE FICAVAM QUIETINHOS, PRESOS À CORDA, ENFEITANDO AS FESTAS.
O NOSSO BALÃOZINHO ERA MUITO TEIMOSO. QUANDO QUERIA UMA COISA, QUERIA MESMO... E SABEM O QUE ELE QUERIA? QUERIA SUBIR “BEM ALTO” NO CÉU, LONGE DO CHÃO... COMO UMA ESTRELINHA... PARA VER LÁ DO ALTO TUDO AQUI EMBAIXO, BEM PEQUENININHO... E TANTO ELE SACUDIU... E TANTO BALANÇOU QUE QUANDO VIRAM ELE JÁ IA LÁ LONGE.
AFLITOS, TODOS FICARAM A CHAMAR PELO BALÃOZINHO: — VENHA CÁ, BALÃOZINHO! VOCÊ NÃO PODE SUBIR, VOCÊ PODE CAIR MUITO LONGE. VOCÊ PODE PROVOCAR UM INCÊNDIO. VENHA BALÃOZINHO, VOLTE...
O BALÃOZINHO NEM OUVIA. ELE IA SUBINDO TÃO DEPRESSA, TÃO DEPRESSA, E IA OBSERVANDO AS CRIANÇAS LÁ EMBAIXO... E CONTINUOU SUBINDO, SUBINDO... NO CÉU, AS ESTRELAS ESTAVAM TODAS OCUPADAS EM BRILHAR PARA QUE A NOITE FICASSE BEM BONITA E, QUANDO VIRAM O BALÃOZINHO, FICARAM MUITO ASSUSTADAS.
MAS... O QUE ESTÁ FAZENDO UM BALÃOZINHO DE SÃO JOÃO AQUI NO CÉU? SERÁ QUE ELE NÃO SABE QUE É PROIBIDO SUBIR AQUI EM CIMA? – VAI VER QUE NÃO SABIA... É MESMO. E SE ELE CAIR?
AS ESTRELAS FICARAM TÃO PREOCUPADAS QUE SE ESQUECERAM UM POUQUINHO DE BRILHAR. E OS ASTRÔNOMOS, (OS DOUTORES EM ESTRELAS) FICARAM PENSANDO AQUI NA TERRA, QUE OS VIDROS DE SUAS LENTES ESTIVESSEM SUJAS... MAS, AS ESTRELINHAS DEPOIS DE PENSAR MUITO TIVERAM UMA IDEIA BRILHANTE. BRILHANTE MESMO... SABE QUAL FOI A IDEIA?
PEDIRAM AO VENTO PARA DAR UM EMPURRÃOZINHO NO BALÃOZINHO E ESPERARAM ELE CHEGAR ATÉ BEM PERTO DELAS.
E AÍ... AS ESTRELINHAS ABRAÇARAM O BALÃOZINHO. ABRAÇARAM COM TANTO AMOR E CARINHO QUE O BALÃOZINHO SENTIU UMA SENSAÇÃO DIFERENTE. E AGORA? O QUE SERÁ QUE ESTÁ ACONTECENDO?
DE REPENTE ELE PERCEBEU O QUE HAVIA ACONTECIDO. ELE VIROU UMA ESTRELA. QUE FELICIDADE O BALÃOZINHO SENTIU. FINALMENTE SEU DESEJO SE REALIZOU.


ASSIM, O BALÃOZINHO PASSOU A BRILHAR LÁ NO CÉU, COMO UMA ESTRELINHA. E PÔDE VER COMO AS COISAS NA TERRA ERAM BELAS. COMO ELE ESTAVA FELIZ!

Autor: Desconhecido

 Interpretando a história:


Como era o balãozinho de nossa história?

Qual era o maior desejo do balãozinho?

Como ele conseguiu escapar do barbante em que estava preso?

O que fizeram as pessoas quando perceberam que o balãozinho havia escapado?

Por que as estrelas ficaram assustadas?

Qual foi a ideia brilhante que tiveram as estrelinhas?

Como foi que o balãozinho conseguiu se transformar?

Ele ficou feliz? Por quê?